domingo, 27 de março de 2011

BATATINHA AO VINAGRE


A  Pequena Notável
Brasília princípio dos anos 1980.
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Toda nossa turma ia sempre passar os finais de semana em uma chácara de um casal amigo.
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A dona da casa, uma pequena notável descendente de italiano, exímia cozinheira, daquelas que tudo ou quase tudo vinha da sua horta, e ela prazerosamente fazia questão de colocar em prática a sua paixão pela arte de cozinhar.
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Suas massas, molhos, saladas e conservas caseiras eram pra qualquer um se esbaldar e lamber os beiços.
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Eis uma das suas iguarias:


Batatinha ao Vinagre
Ingredientes
1 kg de batata bolinha (aperitivo)
4 dentes de alho picados
1 cebola grande ralada
4 pedaços de tomate seco picados
3 colheres de sopa de manjericão picado
3 colheres de sopa de salsa picada
200 ml de azeite extravirgem
200 ml de vinagre de vinho branco
Orégano a gosto
Pimenta do reino a gosto
Pimenta calabresa a gosto
Sal a gosto

Modo de Fazer
Lave as batatas com casca e leve para cozinhar em água e sal até ficarem ao ponto.
Enquanto as batatas cozinham faça o vinagrete picando e misturando todos os ingredientes.
Escorra as batatas e coloque-as ainda quentes no vinagrete e revolva com cuidado. Deixe esfriar e coloque num recipiente de vidro com tampa e leve a geladeira, dando uma mexida de vez em quando para que pegue bem o tempero.
Essa é uma receita prática e quanto mais “velha” melhor.


03 de abril de 2011


sexta-feira, 25 de março de 2011

DOBRADINHA


Você gosta de dobradinha?
Não existe meio termo. Se gostar, ama. Se não gostar, detesta. Se detestar é por puro preconceito ou porque nunca provou. 
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Enfim, dobradinha é um prato popular que sempre tem alguém que detesta, enquanto outros amam.
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Você não imagina a delícia que é uma dobradinha bem feita, principalmente se for preparada corretamente e temperada com carinho pelo prazer de fazer bem feito. Aliás, para a dobradinha ser gostosa e bem feita, tem que se ter muito critério com relação à limpeza e a seleção dos ingredientes. Não deve ser comida em qualquer lugar. 
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É importante saber da origem do prato, da higiene do ambiente em que você está. Mas, isso não é regra apenas para esse prato. Deve ser para todos, sem exceção. É como votar. Se votar errado, não tem volta. 
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Para um fim de semana chuvoso, rodeado de amigos, não tem melhor. Com uma cachacinha e uma cerveja gelada... 
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Prove!


Dobradinha
Ingredientes
02 kg bucho
500g feijão branco
250g de paio cortado em cubos
50 ml azeite
06 dentes de alho amassados
03 cebolas raladas
02 colheres de sopa de extrato de tomate
01 tablete de caldo de carne
02 folhas de louro
02 limões
02 colheres de sopa de vinagre
Sal e pimenta do reino a gosto

Modo de fazer
Lave o feijão e deixe de molho por pelo menos duas horas. 
Lave bem o bucho, esfregando limão e enxágüe em bastante água corrente. 
Retire o excesso de gordura e cozinhe por uma hora de trinta minutos com água e duas colheres de sopa de vinagre. 
Escorra e escalde em água fria. 
Corte em tiras finas e pequenas e reserve.
Leve o feijão ao fogo com duas folhas de louro e o caldo de carne. 
Depois de cozinhar um pouco acrescente o extrato de tomate. 
Enquanto o feijão cozinha, em outra panela, refogue com o azeite a cebola e o alho, acrescente o paio e o bucho. 
Junte o refogado ao feijão, corrija o sal e acrescente a pimenta. 
Cozinhe até engrossar o caldo por aproximadamente meia hora.
Sirva fumegante com arroz branco e não se esqueça de abrir o apetite com uma boa
dose de cachaça de cabeça.


14 de novembro de 2010




BOLO DE CHOCOLATE


Sou uma mulher privilegiada

Agradeço a Deus todos os dias pelas bênçãos que Ele me concedeu, meus três filhos: Milena, Lucinha e Dudu. 
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Tive os filhos que Ele me permitiu ter. 
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Cada qual no Seu tempo. Cada qual do Seu jeito.
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Hoje, falo do meu filho Eduardo, o meu Dudu, que Ele me concedeu na maturidade, que no último dia 19 completou 10 anos, uma figurinha carinhosa de uma doçura incontestável e firmeza de propósitos, fechando, com chave de ouro, o meu circulo de fertilidade, realizando o sonho de um filho homem.
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Em homenagem ao meu Dudu, a minha receita de bolo de chocolate.

Bolo de Chocolate

Pão de ló 
Ingredientes
07 ovos separados 
03 xícaras de açúcar
03 xícaras de farinha de trigo
01 ½ xícaras de chocolate
01 ½ xícara de leite fervente
01 colher de sopa de fermento em pó
01 ½ colher de sopa de manteiga
01 pitada de sal 


Recheio
Ingredientes
02 latas de leite condensado cozidas na pressão por 40 minutos.


Calda
Ingredientes
01 xícara de açúcar
02 xícaras de água
01 pau de canela 


Cobertura
Ingredientes
400gr de chocolate meio amargo derretido
200gr de creme de leite
100gr de confeitos de chocolate ao leite coloridos para decorar

Modo de Fazer
Pão de Ló
Ligue o forno a 200 graus. Peneire o açúcar. Reserve. 
Peneire todos juntos, o restante dos ingredientes secos. Reserve. 
Leve o leite para ferver junto com a manteiga. Na batedeira, bata as claras em neve firme, acrescente as gemas uma a uma. Vá acrescentado aos poucos o açúcar sempre batendo até que se transforme em um creme leve e esbranquiçado. Transfira o creme de ovos para uma bacia grande e, agora mexendo, vá acrescentando, aos poucos, os ingredientes secos alternando com o leite fervente. 
Coloque em uma forma, de 30 cm de diâmetro, untada e polvilhada e leve ao forno médio por uns 30 minutos ou até que enfiando um palito ele saia limpo. Deixe esfriar.

Recheio
Fazer de véspera. Coloque as latas de leite condensado na panela de pressão de cubra-as com água. Leve ao fofo, quando levantar fervura, baixe o fogo e deixe-as cozinhando por 40 minutos. Deixe-as esfriar naturalmente.

Calda
Leve os ingredientes ao fogo e deixe ferver por 10 minutos. Reserve.

Cobertura
Corte o chocolate em pedaços pequenos, ou em raspas, e leve ao microondas em potência média por 1 minuto. Mexa bem, acrescente o creme de leite.

Montagem
Preferencialmente, faça a montagem do bolo em uma forma de fundo falso. Desenforme o bolo e corte-o em três partes iguais. Coloque a primeira parte do pão de ló na forma, umedeça com a calda e coloque a metade do recheio, repita a operação e cubra com a última parte do bolo umedecendo-a. Cubra todo o bolo com a cobertura. Decore com os confeitos coloridos ou a gosto.


21 de novembro de 2010


FEIJOADA NORDESTINA


Felicidade passei no vestibular....

E não é que passei mesmo!
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Naquela época só havia a Universidade Federal, e eu, uma aluna apaixonada por Geografia e História não poderia tentar passar em outra coisa. Logo eu, que durante toda minha vida estudantil só me prestava a ler e ler. Lia da revista O Cruzeiro, Fatos e Fotos, Manchete, Seleções Reader’s Digest, jornais, livros de História e Geografia Geral e do Brasil e tudo o que me caiam as mãos, mas, principalmente, os livros de literatura brasileira e enciclopédias, únicos e sábios presentes que papai nos dava.
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Viajava no tempo e no universo, deste a pré-história, passando pelo Egito e Roma antigos até Brasil Colônia. Olhando pro céu descobrindo astros e constelações, dando a volta ao mundo em busca de lugares e povos.
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 Esse meu gosto pela leitura foi à base de tudo. Passei na minha primeira opção: Geografia.
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Embora tenha tirado o 1º lugar da minha escola na 5ª série do ensino primário e ter passado com louvor no exame de admissão (bem novinha!), confesso que nunca fui uma boa aluna nos quesitos matemática, química e física - pense numa Pelé - estudava só pra passar e não ficar em segunda-época, como se dizia naquele tempo, mas no resto eu tirava de letra. Não sei dizer quantos “100” tirei nas minhas matérias preferidas, nas provas, nos trabalhos e nas aulas que eu dava valendo nota. Afinal, segundo a Lei do meu pai, que os educadores de hoje não escutem, se não passasse de ano na escola era “pau na escola e pau em casa”.
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Havíamos de festejar! Papai e mamãe felizes resolveram fazer uma feijoada nordestina e chamar os amigos.
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Farra grande! Papai, o nosso dançarino preferido, no seu uísque e “nós outros” na cerveja e batida de limão, e a feijoada rolando no centro. Pela primeira e única vez vimos mamãe de porre - a coitada nunca bebeu nada na vida - misturou tudo e terminou com as filhas dando-lhe um banho para curar a carraspana.
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Eu havia conseguido a proeza. E lá estava eu, com o pé na universidade, saindo da adolescência e entrando para a responsabilidade da vida adulta.
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É a vida...

Feijoada Nordestina
Ingredientes

2 kg de feijão mulatinho escolhido e lavado
Água o quanto baste
1 kg de carne de sol em pedaços
½ kg de carne de charque em pedaços
1 kg de costela de porco salgada
1 kg de peito bovino fresco em pedaços
½ de lingüiça do sertão em pedaços
2 paios em rodelas
250gr de toucinho em pedaços pequenos
1 kg de jerimum em pedaços
½ kg de maxixe raspados e inteiros
½ kg de quiabo
1 kg de batata descascadas partidas ao meio
2 chuchus descascados e cortados em quatro pedaços
½ repolho pequeno cortado em quatro pedaços
2 maços de couve manteiga com as folhas inteiras sem o talo
4 cebolas raladas
1 cabeça de alho amassada
4 tomates maduros
4 folhas de louro
50 ml de óleo
Pimenta do reino a gosto
50 ml de cachaça (opcional)
Sal, se necessário


Modo de Fazer
Na véspera escolha e lave o feijão, deixando-o de molho. 
Tire o excesso de sal das carnes salgadas, da carne de sol e do charque, corte-as em pedaços, lave bem e deixe de molho, trocando a água 3 ou 4 vezes durante esse tempo. 
Dê uma fervura nas carnes de sol e de charque para tirar o excesso de sal. Escorra.
Coloque as carnes dessalgadas numa panela grande com água o suficiente e leve para cozinhar junto com o feijão. 
Em outra panela aqueça o óleo e refogue o alho e a cebola, acrescente o toucinho, o peito, a costela, a lingüiça e o paio. 
Acrescente os tomates, a pimenta e o louro e refogue mais um pouco. 
Junte esse refogado à panela do feijão. 
Deixe cozinha até que as carnes estejam quase cozidas, só então comece a colocar as verduras e legumes, com exceção do quiabo que você deve cozinhar a parte utilizando o caldo da feijoada. 
Comece pelos mais tenros, sendo por último as folhas de couve. 
Deixe ferver bem, sempre em fogo brando. 
No final do cozimento, se quiser, regue com a cachaça e ferva por uns 5 minutos para evaporar a maior parte do álcool. 
Se necessário corrija o sal.
Sirva bem quente, separando em travessas o feijão, as carnes e os legumes, acompanhados de arroz, farinha de mandioca e um bom molho feito com o caldo do feijão, cheiro verde e pimenta malagueta.
Bom apetite!

Serve bem 20 pessoas famintas e sedentas de uma boa cachaça.

NOTA - Democrática como ela só, na nossa feijoada nordestina você pode acrescentar os legumes e verduras que mais gostar é só usar a imaginação, pode inclusive, acrescentar às carnes bucho e tripa de boi. Pense como fica boa!

28 de novembro de 2010

CALDO VERDE E CABEÇA DE GALO



Carnatal?

Nem pensar!
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Prefiro um carnaval tranqüilo numa praia ou fazendo “assaltos” a casas de amigos, aonde eu com a minha máscara negra possa assistir “a estrela Dalva que no céu desponta”, tentando entender porque “o sapo não lava o pé morando na beira da lagoa”, relembrando os velhos carnavais, entoando animadamente:
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 “Felinto... Pedro Salgado, Guilherme, Fenelon, Cadê teus blocos famosos? Blocos das Flores... Andaluzas... Pirilampos... Apôis Fum... Dos carnavais saudosos?!...”.
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Prefiro ver a banda passar ao lado de Leo, meu amor. Não gosto de multidão. Mas, se você é chegado ao axé, curta o seu Carnatal, lembrando sempre o conselho do mestre Dosinho:
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 “Tu fica aproveitando o vai e vem da multidão / Não se faça de doido não / Não se faça de doido não / Eu já notei que sua loucura é manhã / Mas não esqueça que doido também apanha...”.
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Para que você possa curtir sua folia, estou aviando duas receitinhas básicas de prevenção e cura de ressaca.
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Dois caldinhos “levanta defunto” que são tiro e queda, porque pela frente vem uma segunda-feira ingrata que chega depressa só prá contrariar...
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 “E vai rolar a festa, vai rolar...”

Caldo Verde
Ingredientes
2 molhos de couve manteiga (sem os talos) cortadas bem fininha
1 kg de batatas
1 cebola picada
2 dentes de alho amassados
2 litros de água
150 ml de azeite de oliva
3 paios cortados em rodelas
sal e pimenta-do-reino a gosto


Modo de Preparo
Lave a couve sob água corrente, retire os talos e seque-as com toalha de papel. 
Pique-a em tiras fininhas. Reserve.
Descasque as batatas, corte-as em pedaços pequenos e leve-as a cozinhar em dois litros de água com os paios inteiros, a cebola, os dentes de alho e metade do azeite.
Depois de estarem cozidas, retire-as do fogo e transforme-as em purê. 
Retire os paios, corte-os em rodelas e reserve.
Junte o purê ao caldo do cozimento e leve novamente ao fogo, acrescente o restante do azeite, os paios cortados, o sal e a pimenta. 
Deixe ferver um pouco para encorpar o caldo, acrescente a couve picada, desligue o fogo e tampe a panela. 
Está pronto um saboroso e substancioso caldo.




Cabeça de Galo
Ingredientes 
1 de litro de água
1 cebola picada
1 tomate picado
½ pimentão verde picado
1 dente de alho amassado
Cheiro verde picado a gosto
1 fio de azeite
Pimenta do reino a gosto
1 colher de chá de colorau
Sal a gosto
4 ovos
Farinha de mandioca o suficiente


Modo de Fazer
Leve a água ao fogo para ferver.
Em uma panela faça um refogado com azeite, cebola, alho, tomate e pimentão. Adicione a água quente e tempere com pimenta, colorau e sal.
Quando o caldo levantar fervura quebre os ovos, direto na panela, não mexa mais, para que eles cozinhem inteiros no caldo. 
Retire-os, já cozidos com auxilio de uma escumadeira e reserve.
Adicione ao caldo fervente, aos poucos, com as mãos, a farinha de mandioca, mexendo devagar e sempre com uma colher de pau até se formar um pirão molinho, tipo mingau.
Junte novamente, ao pirão, os ovos cozidos e acrescente o cheiro verde picado.
Desligue o fogo e tampe a panela. Sirva quente.
Tai uma comidinha que levanta um leão de ressaca!


05 de Dezembro de 2010

TAINHA RECHEADA NA FOLHA DA BANANEIRA COM ARROZ DE LEITE DE COCO

Minha velha mocinha

Todos os anos no dia 08 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, lembro-me de Mocinha. Pernambucana de Itapissuma. Devota, como a maioria dos pernambucanos católicos, da Virgem da Conceição. Não havia um dia 08 de Dezembro em que ela não subisse o Morro da Conceição em Casa Amarela, no Recife, para pagar suas promessas.

Senhora da Conceição
Minha Mãe
Minha Rainha
Dai-me a vossa proteção
Minha querida madrinha
Vela acesa, subo o morro
Pra pagar minha promessa
Vou vestir azul e branco
Pra pagar eu tenho pressa
Hoje minha mãe querida
Faço essa louvação
Com o povo rendo graças
À Virgem da Conceição

Mocinha trabalhou em minha casa durante 11 anos e durante esse tempo quem tinha vez lá em casa era “a menina”. Era assim que ela chamava a minha filha primogênita Milena - tudo era “pra menina” e “da menina” -, e ái de quem metesse a mão em alguma coisa dela.
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Monossilábica, na maioria das vezes, mas quando abria a boca e desembestava a falar ninguém entendia nada. Eu, com o tempo, aprendi a “traduzir” o seu palavreado.
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Ela era uma mulher “feita”, cinco anos mais velha do que eu. Diabética, hipertensa e com uma úlcera gástrica das brabas, doenças que me davam autoridade de fazê-la entender que precisava se cuidar e motivo das nossas brigas. Sempre que passava mal eu lhe inquiria:
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- Mocinha, o que você comeu?
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E ela me respondia com a voz sumida.
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- Nada...
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- Nada o quê, Mocinha?
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E ela confessava.

- Toucinho, frito com farinha.
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Dava vontade de acabar de matar. E lá ia eu fazer chá, comprar remédios e, por algumas vezes, levá-la nas últimas para um pronto-socorro.
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Parecia um peixe morrendo pela boca. Algumas vezes eu flagrava Mocinha comendo o que não podia. Então, eu “voava” feito um carcará para tirar-lhe das mãos ou da boca as suas “delícias” proibidas.
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Nós nos respeitávamos. Quando ela amanhecia de “lundum” eu fazia de conta que nem via. Afora a falta de cuidado com sua saúde e só gostar de comer o que não devia, era uma pessoa boníssima, adorava minha filha - o que para mim era tudo -, e cozinhava muito bem.
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Eis uma das muitas delícias da minha Mocinha, de quem tenho saudades e até hoje guardo comigo a imagem da Virgem da Conceição que ela me presenteou quando da nossa despedida. Pense num choro!


Tainha Recheada Assada na Folha da Bananeira com Arroz de Leite de Coco

Ingredientes
Uma Tainha inteira (aproximadamente 2 kg) escamada e limpa
Suco de dois limões
Pimenta do reino a gosto
Sal a gosto

Para o Recheio
Ingredientes
Uma cebola picada
½ pimentão picado
01 tomate picado
½ molho de coentro picado
½ molho de cebolinha picada
Azeite de oliva o quanto baste
Pimenta de cheiro a gosto
Sal a gosto

Modo de Fazer
Limpe o peixe retirando todas as escamas. 
Abro-o pela barriga e remova as vísceras. 
Tempere o peixe, por dentro e por fora, com sal, pimenta do reino e o suco de limão. 
Deixe descansar por 1 hora na geladeira.
Pique em pedaços pequenos todos os ingredientes do recheio e tempere com sal e azeite de oliva.
Retire o peixe da geladeira e coloque o recheio.
Pegue uma folha de bananeira, corte no sentido longitudinal, limpe-a e coloque no calor da chama do fogão para que fique mais macia e maleável, tendo cuidado para não queimar.
Arrume a folha em uma assadeira, deite o peixe recheado, regue com o restante do azeite, embrulhe todo o peixe com a folha da bananeira dobrando as pontas para não vazar.
Leve ao forno por 40 minutos, em temperatura alta (290º). Observe se a folha está bem tostada. 
Retire do forno, abra folha de bananeira. 
Sirva com arroz de leite de coco.



Arroz de Leite de Coco
Ingredientes03 xícaras (chá) de leite de coco seco
01 xícara (chá) de água
02 xícaras (chá) de arroz
Sal a gosto

Modo de Fazer
Em uma panela, coloque o leite de coco e a água e deixe no fogo até ferver. Adicione o arroz, sal e deixe cozinhar no fogo brando até ficar macio.

NOTA: O peixe também pode ser feito na grelha e se você não conseguir a folha da bananeira (que dar um sabor todo especial) faça com papel alumínio


12 de Dezembro de 2010

BOBÓ DE FRUTOS DO MAR COM INHAME

Amigo Secreto


O Natal está chegando e com ele às confraternizações, os amigos secretos, amigos ocultos, amigos “sacanas”, amigos escrachados e até os inimigos ocultos.  
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Hoje quero falar dos meus amigos, que nada têm de secreto, oculto ou sacana.

São as pessoas com as quais convivo durante todo o ano, que se tornaram amigos declarados, escancarados mesmo, com destaque para o grupo musical “ar meninas”, quarteto harmônico-desafinado que se apresenta ao som maestral do poeta Volontê, quando “ur meninos” dão um intervalo no campeonato de sinuca, com direito a registro “grafitológico caricatural” de meu LeoSodré e comes e bebes da melhor qualidade, com direito a receitas de forno de Eugênio Meio Quilo, churrasco de tilápia pelas mãos de João Maria Medeiros e a picanha na chapa de Ivan Júnior, de Mimine.
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Quando a trupe se reúne, o dia se transforma num festival de entretenimentos - gastronômico – etílico – esportivo – cancioneiro - cultural e artístico, onde a amizade, o bem querer e o respeito, de todos por todos, se harmoniza na aceitação de cada um ser o que é.
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Aos amigos do ano todo e de todas as horas, minha declaração de amizade, meu respeito e meu carinho e a receita de uma comidinha básica e saborosa, que terei o prazer de fazer e levar na nossa próxima reunião.


Bobó de Frutos do Mar com Inhame
Ingredientes
1 kg de filé de peixe cortado em cubo
1 kg de camarão médio fresco e limpo
300gr de mexilhão catado, lavado e escorrido
350gr de polvo pré-cozido cortado em pedaços
350gr de lula pré-cozida cortada em anéis
Um ½ de inhame cozido
Suco de dois limões
Pimenta do reino a gosto
Um molho de coentro e cebolinha picado
Duas cebolas raladas
Uma cebola picada
Quatro dentes de alho espremidos
Cinco tomates sem pele e sem sementes picadas
Um pimentão verde sem pele picado
Pimenta de cheiro a gosto
½ xícara de azeite de oliva
Quatro colheres de sopa de azeite de dendê
1 litro de leite de coco seco grosso, aproximadamente, feito com 1 kg de coco natural ralado fresco (você encontra no mercado)
½ litro de leite de coco seco fino para cozinhar o inhame
Sal a gosto
Molho de pimenta vermelha a gosto

Modo de Fazer
Faça o leite de coco grosso. Coloque no liquidificador o coco ralado fresco com um litro de água quente, liquidifique, escorra e esprema. Reserve.
Faça o leite de coco fino. Reutilize o coco ralado que fez o leite grosso com meio litro de água quente, liquidifique, escora, esprema.
Descasque o inhame, corte-o em pedaços pequenos e leve-o para cozinhar com 500 ml do leite de coco fino, a cebola picada e uma pitada de sal. Complete com água, se necessário, o suficiente para que cubra o inhame e deixe cozinhar até que fique se desmanchando. 
Depois de cozido deixe esfriar um pouco e liquidifique, ligeiramente, no pulsar. Reserve.
Tempere o peixe e o camarão com o suco de limão, pimenta do reino e sal e deixe marinar por 30 minutos.
Em uma panela grande, refogue com azeite de oliva e metade do azeite de dendê o alho e a cebola ralada, acrescente os tomates e o pimentão e vá acrescentando os ingredientes, um de cada vez, deixando cozinhar um pouco. 
Ponha o peixe, o camarão, o mexilhão, o polvo e a lula. Acrescente a pimenta de cheiro, o coentro e a cebolinha e 250 ml do leite de coco grosso, deixe levantar fervura e misture o inhame, misturando com cuidado.
Sempre mexendo, vá acrescentando o leite de coco grosso, enquanto o bobó cozinha e fica na consistência desejada. Verifique o sal, ponha o restante do azeite de dendê e o molho de pimenta vermelha a gosto.
Sirva quente com arroz branco.


19 de Dezembro de 2010

TRONCO DE NATAL

O meu Natal em Natal
Finalmente estava de volta a minha terra, e desta vez para ficar.
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Embora tenha participado de todos os Natais da nossa família durante o período que morei fora, aquele ano seria diferente, a nossa festa seria na minha casa. Pense numa felicidade!
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Sou festeira por natureza, sempre adorei casa cheia, e mesmo a minha casa ainda estando em final de construção, não seria empecilho para a realização da primeira reunião da “carvalhada”, afinal a edícula estava pronta e lá iria ser realizada a festança.
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Na casa dos meus pais, sempre fizemos o natal “participativo”. Elaborávamos um cardápio e cada filho levava um prato e a sua bebida. Nada mais democrático. Era só festejar. Mas, dessa vez seria diferente, não que eu fosse “bancar” tudo sozinha. Muito pelo contrário. Fomos eu e minhas irmãs as compras e fizemos a nossa ceia, dos petiscos as sobremesas, tudo dividido irmãmente; dos custos ao trabalho.
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Mas, estava faltando uma árvore natalina e eu, sempre com a imaginação a mil, olhei em volta e vi que no terreno da frente haviam feito uma “queimada” e estava cheio de plantas secas, não me fiz de rogada, pulei o muro do terreno com um facão na mão e cortei um galho grande de uns dois metros de altura. Fixei-o num vaso, enfeitei com bolas e luzes, tudo bem rústico.
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Nunca vi coisa mais linda e singela... Agora tínhamos onde colocar os nossos presentes.
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Naquele tempo, ainda tínhamos papai, que era uma festa personificada. E o nosso natal terminou com o dia amanhecendo.
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Neste Natal, alguns anos depois que papai se foi, estou novamente organizando o Natal na minha casa. Tenho o coração apertado com a saudade dele, mas pela primeira vez, depois de cinco anos, vou ter juntado a mim, além dos meus filhos Dudu e Lucinha, de Léo, meu companheiro de todas as horas, e da “carvalhada”, a minha filha Milena (que mora no Rio Grande do Sul), o meu genro Walter (meu gaúcho preferido), e o anjinho que Deus me presenteou, o meu neto Tomás. Pense numa mulher feliz!
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Em homenagem a minha sobrinha Natália, que hoje faz aniversário, eis a receita do meu presente para ela.
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Parabéns a Natália e um Natal de paz pra todos vocês.

Tronco de Natal
Ingredientes
250gr de açúcar
100gr de farinha de trigo
100gr de amido de milho (ou fécula de batata)
Sete gemas peneiradas
Sete claras
50gr de manteiga sem sal derretida e fria


Modo de Fazer
Pré aqueça o forno a 250º. 
Derreta a manteiga e deixe esfriar. 
Quebre os ovos, separando as claras das gemas.
Bata as claras em neve firme e acrescente a metade do açúcar. 
Bata as gemas peneiradas com a outra metade do açúcar até que fique uma mistura bem clara e cremosa.
Peneire a farinha e o amido de milho juntos. 
Adicione-as, aos poucos ao creme de gemas, a manteiga derretida e misture suavemente às claras em neve.
Unte com manteiga uma assadeira de 50x35, forre com papel manteiga e unte novamente, derrame a massa no centro e espalhe uniformemente com uma espátula.
Leve ao forno e asse durante 10 a 15 minutos. 
A massa assada deve estar firme ao toque e ligeiramente dourada.
Retire do forno e deite sobre um pano de prato úmido e levemente polvilhado com açúcar. Retire o papel manteiga delicadamente, salpique um pouco de rum ou vinho do porto (opcional) e enrole a massa juntamente com o pano de prato e deixe esfriar totalmente.


Recheio
Ingredientes
Quatro gemas peneiradas
Oito colheres de sopa de água
350g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
200g de açúcar
250g de chocolate meio amargo derretido em temperatura ambiente
100g de castanha de caju ou nozes torradas e moídas.


Modo de Fazer
Pique e derreta o chocolate. 
Deixe esfriar completamente. Reserve. 
Faça uma calda em ponto de fio com o restante do açúcar. 
Bata as gemas com 50g de açúcar até clarearem. Junte a calda fervente ao creme de gemas, batendo sempre até esfriar completamente. 
Bata a manteiga até ficar esbranquiçada.
Misture a manteiga às gemas com um chicote adicione o chocolate derretido.
Se quiser, pode perfumar com um licor de sua preferência. Utilize.


Cobertura
Ingredientes
400g de chocolate meio amargo
200g de creme de leite


Modo de Fazer
Pique e derreta o chocolate junto com o creme de leite, em banho-maria ou no microondas, mexa bem até se tonar um creme homogeneizado. Reserve.


Montagem
Depois de frio, desenrole e coloque o recheio no centro e espalhe com a ajuda de uma espátula por todo o pão de ló, salpique castanhas ou nozes moídas e volte a enrolar com a ajuda do pano de prato. 
Corte as pontas do rolo em diagonal e, com um pouco de creme, ligue estas pontas ao rolo, de modo a imitar os nós da madeira, depois cubra todo o bolo com o ganache de chocolate, com a ajuda de um garfo faça veios no bolo imitando uma tora de madeira.
Sirva gelado e decorado a gosto com cerejas e folhas de hortelã fresca.




26 de Dezembro de 2010.




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