quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

O meu Natal em Natal


Finalmente, 16 anos depois, eu estava de volta a minha terra. 
E, desta vez, para ficar!
Embora tenha participado de todos os Natais da nossa família durante o período que morei fora, aquele ano seria diferente, a nossa festa seria na minha casa.
Pense numa felicidade! 
Sou festeira por natureza, sempre adorei casa cheia. E, mesmo a minha casa ainda estando em final de construção, não seria empecilho para a realização da primeira reunião da CARVALHADA, afinal a edícula estava pronta e lá iria ser realizada a festança.
Na casa dos meus pais, sempre fizemos o Natal participativo. Elaborávamos um cardápio e cada filho levava um prato e a sua bebida. Nada mais democrático. Era só festejar. Mas, dessa vez seria diferente, não que eu fosse bancar tudo sozinha. Muito pelo contrário. Fomos eu e minhas irmãs às compras e fizemos a nossa ceia, dos petiscos as sobremesas, tudo dividido irmãmente; dos custos ao trabalho.
Mas, estava faltando uma árvore natalina e eu, sempre com a imaginação a mil, olhei em volta e vi que no terreno da frente haviam feito uma queimada, estava cheio de plantas secas. Não me fiz de rogada, pulei o muro do terreno com um facão na mão e cortei um galho grande de uns dois metros de altura. Fixei-o num vaso, enfeitei com bolas e luzes, tudo bem rústico. Nunca vi coisa mais linda e singela... Agora tínhamos onde colocar os nossos presentes.
Naquele tempo, ainda tínhamos papai, que era uma festa personificada. E o nosso Natal terminou com o dia amanhecendo.
Pense numa mulher feliz!

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