E
não é que passei mesmo!
Naquela
época só havia a Universidade Federal, e eu, uma aluna apaixonada por Geografia
e História não poderia tentar passar em outra coisa.
Logo eu, que durante toda minha vida estudantil só me prestava a ler e ler. Lia da revista O Cruzeiro, Fatos e Fotos, Manchete, Seleções Reader’s Digest, jornais, livros de História e Geografia Geral e do Brasil e tudo o que me caiam as mãos, mas, principalmente, os livros de literatura brasileira e enciclopédias, únicos e sábios presentes que papai nos dava.
Logo eu, que durante toda minha vida estudantil só me prestava a ler e ler. Lia da revista O Cruzeiro, Fatos e Fotos, Manchete, Seleções Reader’s Digest, jornais, livros de História e Geografia Geral e do Brasil e tudo o que me caiam as mãos, mas, principalmente, os livros de literatura brasileira e enciclopédias, únicos e sábios presentes que papai nos dava.
Viajava
no tempo e no universo, deste a pré-história, passando pelo Egito e Roma
antigos até Brasil Colônia. Olhando pro céu descobrindo astros e constelações,
dando a volta ao mundo em busca de lugares e povos. Esse meu gosto pela leitura
foi à base de tudo.
Passei na minha primeira opção: Geografia.
Passei na minha primeira opção: Geografia.
Embora
tenha tirado o 1º lugar da minha escola na 5ª série do ensino primário e ter
passado com louvor no exame de admissão (bem novinha!), confesso que nunca fui
uma boa aluna nos quesitos matemática, química e física - pense numa Pelé -
estudava só pra passar e não ficar em segunda-época, como se dizia naquele
tempo, mas no resto eu tirava de letra.
Não sei dizer quantos “100” tirei nas minhas matérias preferidas, nas provas, nos trabalhos e nas aulas que eu dava valendo nota. Afinal, segundo a Lei do meu pai, que os educadores de hoje não escutem, se não passasse de ano na escola era “pau na escola e pau em casa”.
Não sei dizer quantos “100” tirei nas minhas matérias preferidas, nas provas, nos trabalhos e nas aulas que eu dava valendo nota. Afinal, segundo a Lei do meu pai, que os educadores de hoje não escutem, se não passasse de ano na escola era “pau na escola e pau em casa”.
Havíamos
de festejar! Papai e mamãe felizes resolveram fazer uma feijoada e chamar os
amigos.
Farra
grande! Papai, o nosso dançarino preferido, no seu uísque e “nós outros” na cerveja
e batida de limão, e a feijoada rolando no centro. Pela primeira e única vez
vimos mamãe de porre - a coitada nunca bebeu nada na vida - misturou tudo e
terminou com as filhas dando-lhe um banho para curar a carraspana.
Eu
havia conseguido a proeza. E lá estava eu, com o pé na universidade, saindo da
adolescência e entrando para a responsabilidade da vida adulta.
É
a vida...
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