quinta-feira, 24 de outubro de 2019

SAUDADE...

Meu pai Ruy de Carvalho

Tenho andado saudosista nas últimas semanas.

Sem perceber, fui buscar lembranças da infância e de um dos principais personagens da minha vida. Meu pai, Ruy de Carvalho. 

Hoje, 24 de outubro seria o seu aniversário.

Há alguns anos ele se encantou... Deixou-me encantada pela vida e por ter tido o privilégio de tê-lo como pai e mentor.

Homem simples e bom. Sua maior virtude consistia na grandeza de amar e querer o bem de todos.

Forte que nem um carvalho. 

Rude como um bicho. 

Doce como uma criança e.... dançarino de primeira grandeza.

Ensinou-me a dançar, a brincar, a sorrir e a viver.

A cada aniversário, dizia que viveria 96 anos - ficou me devendo mais de 10 –, Deus o chamou antes.

Hoje, em sua homenagem, como se aqui estivesse, - que Drummond me permita - com o coração, lhe falarei do meu amor, da minha saudade e da sua ausência...

Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.

(Carlos Drummond de Andrade)

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