Meu pai Ruy de Carvalho
Tenho
andado saudosista nas últimas semanas.
Sem
perceber, fui buscar lembranças da infância e de um dos principais personagens
da minha vida. Meu pai, Ruy de Carvalho.
Hoje, 24 de outubro seria o seu aniversário.
Hoje, 24 de outubro seria o seu aniversário.
Há
alguns anos ele se encantou... Deixou-me encantada pela vida e por ter tido o
privilégio de tê-lo como pai e mentor.
Homem
simples e bom. Sua maior virtude consistia na grandeza de amar e querer o bem
de todos.
Forte
que nem um carvalho.
Rude como um bicho.
Doce como uma criança e.... dançarino de primeira grandeza.
Rude como um bicho.
Doce como uma criança e.... dançarino de primeira grandeza.
Ensinou-me
a dançar, a brincar, a sorrir e a viver.
A
cada aniversário, dizia que viveria 96 anos - ficou me devendo mais de 10 –,
Deus o chamou antes.
Hoje,
em sua homenagem, como se aqui estivesse, - que Drummond me permita - com o
coração, lhe falarei do meu amor, da minha saudade e da sua ausência...
Ausência
Por muito tempo achei que a
ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a
falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada,
aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque
a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.
(Carlos Drummond de Andrade)
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