terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Aquele Abraço

“Que a vida ensine que tão ou mais difícil do que ter razão, é saber tê-la.
Que o abraço abrace.
Que o perdão perdoe.
Que tudo vire verbo e verbe.
Verde. Como a esperança.”
 Artur da Távola

Sou pegajosa. Adoro abraçar, beijar e dizer que amo aos meus filhos, netos, irmãos, a minha mãe e aos meus amigos.

Puxei a papai que adorava um abraço e um beijo e, com esses gestos nos transmitia inúmeros bons sentimentos, como o cuidado, a proteção no carinho demonstrando, sobretudo, o seu amor por nós, os seus filhos.

Assim fui criada e assim estou a viver. É a minha forma de dar e demonstrar o amor aos que me rodeiam. O importante não é somente dar e receber, mas pedir quando necessário. Às vezes nos sentimos precisando de colo, nada como um abraço amigo para nos acalmar e confortar.

Esse meu jeito de ser já me colocou em algumas situações - desde a repulsa pelo carinho dado à falta de liberdade em abraçar plenamente, de corpo e alma, determinadas criaturas -.
Isso me inquieta por dentro e me quieta por fora. Me fazendo lembrar de Clarice, a Lispector, quando diz: “Quando estou muito quieta por fora, é que dentro de mim alguma coisa grita e eu preciso me ouvir”.

E dentro de mim ouço que no abraço se cala desentendimentos, se conforta desespero e se reafirma sentimentos de amor e amizade, pelo gesto em si, sem que uma só palavra seja pronunciada.

Por isso lhes digo: Adoro dar, mas também amo receber.

Então não perca tempo.

Abrace e seja abraçado.

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