“Que a vida ensine que tão ou mais difícil do que ter razão,
é saber tê-la.
Que o abraço abrace.
Que o perdão perdoe.
Que tudo vire verbo e verbe.
Verde. Como a esperança.”
Artur da Távola
Sou
pegajosa. Adoro abraçar, beijar e dizer que amo aos meus filhos, netos, irmãos,
a minha mãe e aos meus amigos.
Puxei a
papai que adorava um abraço e um beijo e, com esses gestos nos transmitia inúmeros
bons sentimentos, como o cuidado, a proteção no carinho demonstrando,
sobretudo, o seu amor por nós, os seus filhos.
Assim
fui criada e assim estou a viver. É a minha forma de dar e demonstrar o amor
aos que me rodeiam. O importante não é somente dar e receber, mas pedir quando necessário.
Às vezes nos sentimos precisando de colo, nada como um abraço amigo para nos
acalmar e confortar.
Esse
meu jeito de ser já me colocou em algumas situações - desde a repulsa pelo
carinho dado à falta de liberdade em abraçar plenamente, de corpo e alma, determinadas criaturas -.
Isso me
inquieta por dentro e me quieta por fora. Me fazendo lembrar de Clarice, a
Lispector, quando diz: “Quando estou
muito quieta por fora, é que dentro de mim alguma coisa grita e eu preciso me
ouvir”.
E dentro de mim ouço que no abraço se cala desentendimentos, se conforta desespero
e se reafirma sentimentos de amor e amizade, pelo gesto em si, sem que uma só
palavra seja pronunciada.
Por
isso lhes digo: Adoro dar, mas também amo receber.
Então
não perca tempo.
Abrace
e seja abraçado.
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