Nasci morrendo e lutando para
viver.
Vim ao mundo através do chamado
“nascimento falhado” - em que o bebê nasce pelos pés – na nossa casa, em Nísia
Floresta, pelas mãos de dona Maria Parteira.
Batizada com o nome de Maria,
pela parteira logo ao nascer, meu pai acrescentou Mércia ao me registrar em
homenagem a sua mãe, Maria Mércia, uma bela amazonense filha de portugueses, de
lindos olhos cor de anil, de quem, além do nome, herdei a força e a coragem de
saber encarar a vida de frente, apesar das adversidades.
Para conseguir chegar até aqui
me agarrei à vida e ela me buscou e me acolheu.
Tive que aprender a vivê-la, caindo, levantando e seguindo sempre em
frente. Se hoje levo uma queda, amanhã já estou de pé, reinventada e pronta
para mais um desafio.
Pela vida vou caminhando e
aprendendo, semeando com o coração sempre aberto para ajudar, dar, perdoar,
entender, unir e amar.
Às vezes me perco na minha
caminhada. Procuro-me e me encontro.
Posso até parecer boba, mas não
sou burra.
Em algumas coisas, ingênua. Mas
não sou santa. Viro uma fera quando
necessário.
Tenho a alma liberta e um
sorriso franco, embora algumas vezes, quando a vida faz as suas exigências,
sorria para não chorar.
Estou em busca da realização
dos meus sonhos e desejos.
Estou aqui para viver.
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